"Tratado das Pedras do pseudo-APQ, apócrifo que podemos datar de antes de 2007
Um projecto de Ana Pérez-Quiroga
Estas representações, figurações involuntárias, chamadas Pietra paesina, são conhecidas deste o período clássico. Mas é no Renascimento que a sua utilização artística se desenvolve, talvez a partir de exemplares orientais. Os pintores usaram estas paisagens já traçadas para situar por vezes personagens que as habitavam.
A sedução destas pedras criou um apaixonado número de coleccionadores desde os Medici, a Luís II de Baviera.
Ao pintor flamengo, Matieu Dubus (1590-1665), devem-se inúmeros trabalhos de excepcional qualidade, comercializados por Filipe Hainhofer, nos Kunstschranken (cabinet de curiosidades eles próprios com revestimento pétreo), que vende a Filipe II, ao duque da Poméranie, ao Arquiduque Léopold da Áustria e ao rei da Suécia, Gustave-Adolphe, e que mais tarde darão origem às Wunderkammer.
Mas é ao jesuíta Atanase Kircher, e a sua compilação de numerosas fontes no livro Monde Souterrain, de 1664, que se difundiu este gosto.
BALTRUSAITIS – Aberrations, les perspectives dépravées-I, Flammarion, Paris, 1995."